O advogado Alexandre Oliveira vê os apps como um facilitador para esses homens. Crédito: arquivo pessoal. Para o advogado, que é gay assumido —assim como os outros entrevistados deste texto— muitas dessas pessoas usam o aplicativo porque têm medo de encarar a sociedade e assumir seus desejos. O cabeleireiro Fernando Armelline afirma que esses homens procuram gays para satisfazer desejos sexuais reprimidos. O cabeleireiro Fernando de Almeida Armelline, 29, é mais direto ao relatar as experiências que teve. Uns criam perfil sem mostrar o rosto, outros junto com namoradas, mulheres ou amigas, conta. Acabei topando.
Por exemplo, ter curiosidade de estar com mais de uma pessoa na leito, mas medo de estragar o casório. Por mais que fosse ativa e gostasse de fantasias, sentia que exatamente faltava algo. No nosso caso, o ménage à trois sexo entre três pessoas foi o que mais se encaixou. Nos comunicamos com as pessoas por meio de redes sociais específicas e juntos escolhemos quem mais nos interessa. Imagem: Getty Images. Mudei também como mulher. Os encontros costumam adergar a cada 15, 20 dias. Maneira de conhecer, conversar fora das redes sociais, saber o real interesse dos envolvidos.
Quem usa aplicativos tradicionais de relacionamento, tais como Tinder e o Happn, sabe que uma parte dos perfis é de pessoas comprometidas em busca de saídas casuais. No Brasil, um dos serviços mais famosos se chama Ashley Madison. Apesar da origem norte-americana, de acordo com informações divulgadas pela estabelecimento, o Brasil é o país que mais utiliza os serviços para as puladas de cerca. No site ou aplicativo, é possível criar o cadastro gratuitamente.